E bateram à porta. A campainha tocou estridente, soou no meu ouvido irritante. A luz acendeu-se. O cigarro colou-se à boca e o trago amargou-me.
Arrasto os chinelos até aos pés ao pé da cama. Calço pachorrentamente cada um deles. Os dedos serpenteiam no fofo do quente que amacia a pele.
Levanto o corpo e ele baloiça agoniado. A cabeça gira nas paredes do corredor e as luzes vão iluminando o meu pensamento.
A campainha parou de tocar, eu deixei de querer abrir a porta. A curiosidade levou-me de volta e os chinelos pararam ao pé dos pés da cama.
31 de dezembro de 2010
Subscrever:
Mensagens (Atom)