Quantas letras cabem aqui?
Quantas cabem nas forras destas paredes vestidas de lombadas coloridas e permeabilizadas de títulos, sub-títulos e nomes efémeros, cuja temporada de permanência é galardoada pelo pó, movimentada pelas mãos que lhes pegam e embalada pelos olhos, que acham palavras, risos, nas ilustrações das capas.
Quantos textos cabem aqui?
Cabem nas mãos cheias de vontades, nos olhos curiosos de quem lê, de quem constrói uma nova história sobre a imaginação de outra.
Puxa então uma cadeira, poisa os pés no chão, deixa a cabeça imaginar acompanhando o compasso das páginas.