4 de outubro de 2008

A dois

Gostar de ti é gostar de um querer, gostar de uma ansiedade que me invade diáriamente. Dificil conter, mas fácil de manter fechado, inerte à tua presente e chamamento.
E tu... gostas de mim como? Como do mar, da brisa que bate na cara ou do vento que flutua no cabelo?

(...)

Não...
Gosto de ti como a terra, que acolhe a chuva, que liberta cheiro e dá frutos, como o sal que tempera a vida e como o mar que invade a areia. Gosto de ti como um corpo celeste, que me leva pela mão ao canto final do universo e me mostra para além dele a presença do infinito, gosto de ti como se gosta de gostar de tudo o que é grande, como se gosta de gostar o gosto dos lábios num 1º beijo... gosto de ti e pronto. Gosto...


(...)

Eu gosto ainda mais agora, quando o gosto do 1º beijo se provou por entre as dentadas do sabor.