3 de outubro de 2008

Vento




A aventura percorre-me o cabelo. Gosto de sentir o passado por entre os caracóis e deliciar-me com tudo o que a memória me presenteia.



Os solavancos fazem o meu corpo permanecer inerte de encontro à perfeição do que é sentir. Sentir! Sim, sentir.



A velocidade trespassa a alavanca do gostar, do quero muito, muito, muito... como quem anda de mota e não cai, como quem saboreia chocolate e pede mais. Sim, mais e com mais vontade.



Vontade de experimentar o que era uma certeza, uma verdade diária, que trespassa novamente os meus caracóis de adrenalina.



Os solavancos continuam a distanciar-me do mundo e o pó torna-se essência na corrida pela corrida do momento.



A paz é ganha, mas a vontade, vontade do antes, parece imensa. É enorme.