O baloiço era verde, macio ao toque mas rudemente recortado pelo tempo. Intercalando com o verde a madeira brotava mostrando toda a sua natureza, todos os seus sulcos que se contorciam e se aproximavam naquele baloiço verde.
Ana sentou-se e agarrou nos ferros que faziam o baloiço bailoçar e sentio o frio e a ferrugem nos dedos... sentio o cheiro amargo do ferro, o cheiro próximo da saudade.
Baloiçou, para a frente, para trás... foi ganhando cada vez mais confiança... foi baloiçando cada vez mais alto... mais alto... mais alto... até que saltou... num impulso, sem receios, com imensa vontade, Ana saltou.