Para 1 Beijo...
21 de novembro de 2008
1.
Hugo senta-se na esplanada e estende-lhe a mão. A ponta dos seus dedos conseguem tocar nos dela... sentia-a fria. Aquece-a. Agarra-lhe nas duas mãos e aperte-as para si, aconchegando-as. Olha para ela. O seu sorriso rasgado conforta-o por aqueles pequenos momentos a dois, onde podem ser o que quiserem, onde se vão entregando aos pedacinhos.
Ele levanta-se, aproxima-se por trás e abraça-a... gosta de ficar ali, colado, agarrado, sentindo-a só dele.
Ainda falta tanto para tudo.
10 de novembro de 2008
Papel Brilhante
1. Porque foges tu por entre a minha essência, em cada momento do nosso olhar. Foges-me de mansinho, num turbilhão de decisão que me deixa espantada e difusa no meio da tua imensidão. Imensidão de mim mesma, abeirada de ti. Porquê desta prisão de sentimentos, de gritos mudos no ar, por entre a neblina do nosso caminho? Porquê?Deixo escapar baixinho... gemidos de confronto, de prendas passadas que devolvo a cada um que passa em mim, na minha vida. Dei-te uma prenda, embrulhada em papel brilhante e silêncioso que tu teimas em não abrir... não sei porquê.
2. Quero ouvir esses gemidos dos confrontos, notas soltas dos teus desencontros, saber quem és e porque és, perceber a tua lógica, sentir a tua angustia, saber dos teus traumas, karmas e defesas, confusões e percepções, entrar nos teus sentidos e rasgar essa prenda de papel brilhante...quero sentir a seiva do teu tronco, ideia, verde e folhas, folhas e seiva, terra e beijos, agua quente e perfumes do corpo, entendes-me? A caruma nos teus cabelos e os meus dedos nas tuas coxas, dentes pele e suor, entendes-me? Não te quero em papel brilhante e silêncioso, quero-te Nua, entendes-me? Crua, entendes-me? Quero-te abrir, sim... toda...
3. Abre sim... mas com suavidade e palavras bonitas em tom de segredos ditos ao ouvido. Abre-me ao arrepiar-me ao teu toque... à tua voz perante os meus sentidos. Deixa-me flutuar... flutuar em nós.
7 de novembro de 2008
Sinto
Continuo a falar baixinho sobre o que quero de ti... assim o sinto!
Consigo pressentir-te na minha mão, entrelaçado nos meus dedos e fazendo-me cócegas suaves ao toque com a pontinha dos teus dedos... é bom...
Sentir uma pessoa passa também por vê-la... vê-la na sua imensidão, no seu mundo.
A ti... não te vejo.
Não conheço os sinais no teu corpo, não conheço o arrepiar da tua pele e não conheço o toque da tua mão.
Sinto.
4 de novembro de 2008
Toca-me 1 Minuto
Toca-me um minuto... tocas?
Claro que sim... onde vais? Ainda não passou um minuto... Vá volta para o meu abraço. Deixa-me tocar-te e envolver-te na nossa imensidão.
3 de novembro de 2008
Fala Baixinho senão Acordas as Estrelas
Imagina um céu escuro... quase preto, que parece abraçar-te cada vez que olhas para ele, que parece aproximar-se mantendo a austeridade de sempre mas afeiçoanado-se a ti. Imagina... Consegues?
Agora sente as estrelas... sente os pontinhos lá ao longe chegarem até ti... sente a sua energia e a forma aguçada com que são capazes de te trespassar. Sentes?
Agora... sim, agora é o momento, mas atenção fala baixinho senão acordas as estrelas... shhiiuu
Agora sente as estrelas... sente os pontinhos lá ao longe chegarem até ti... sente a sua energia e a forma aguçada com que são capazes de te trespassar. Sentes?
Agora... sim, agora é o momento, mas atenção fala baixinho senão acordas as estrelas... shhiiuu
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