E eis a roupa a cair no chão, depois de se enamorar da pele e roçar em cada pêlo por onde pássa. Arrepia e faz frio, mas a roupa continua a cair. Não é atirada para o canto, num rompante, descai vagarosamente para se conseguir senti-la. Faz-se presente... faz com que tudo demore todo o tempo que não existe.
20 de novembro de 2009
12 de novembro de 2009
Palavras
E lá estavas tu, a olhar para mim. Sentia a tua respiração bem perto, entrecortada e só minha... Sim, minha!
E Tu... o teu sorriso embrenhava-se na doçura de ti mesmo e confundia-me de vontades e peripécias únicas...
Éramos palavras fundidas em textos, em letras desenhadas, em poemas de candura que adivinhavam o futuro.
E foi tão bom descobrir novas palavras... adoçaram a praticidade de tudo.
E Tu... o teu sorriso embrenhava-se na doçura de ti mesmo e confundia-me de vontades e peripécias únicas...
Éramos palavras fundidas em textos, em letras desenhadas, em poemas de candura que adivinhavam o futuro.
E foi tão bom descobrir novas palavras... adoçaram a praticidade de tudo.
4 de novembro de 2009
Bairro
Há bairros de cor viva que cantam no nosso corpo, em cada esquina que as nossas pernas conhecem e contornam, quase a correr, à procura de um dedo de conversa com a vizinha à janela ou com a D. Maria na loja do canto.
São bairros que respiram, afagam-nos o cabelo e guicham-nos à memória com os sorrisos das crianças na rua, com as brincadeiras e zangas quando a bola rola e foge para o fundo da quelha.
São bairros de presença, que nos fazem querer habitar neles para sempre... naquele prédio amarelo torrado, de janelas verdes, vasos de sardinheiras vermelhas e piriquito na gaiola à janela.
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