20 de janeiro de 2010

Estou, estou?!, mas do outro lado a voz permanece muda, sem expressão. É solto um Não posso atender agora e volta a clareza do não som. Fica, a partir do nada a certeza do absoluto da união, da frieza das mãos que tocam e da distância que não é percorrida.
Sim, porque sentir saudades é tremer quando o telefone toca e abrir um e-mail com sede de ler todas as palavras, mesmo as que não conseguimos medir.
No final, quando no palco as luzes se apagam, qualquer coisa sem nome fica a morar lá, nas vozes que não falam.