Estou sem paciência...
O cabelo escorrega-me pelas costas, e não me apetece domá-lo e prendê-lo ao alto, seria aborrecido... apetece-me antes que as pontas, se rebelem um despenteado perspicaz de quem é único e não gosta de ficar aprisionado e apertado a mirar quem passa. Apetece-me... mas a impaciência faz-me juntar por diversas vezes toda a cabeleira numa espiral condensada espumando o cheiro a cabelo lavado e a champô. Cheira bem... inspiro... é-me devolvida um pouco da paciência perdida, mas agora até o peso da franja revolta parece combater com as minhas luas castanhas que vêem.
Entranço-o... deixo-me ficar. Volto à minha vida.